A Itália atrasou seu avanço
industrial mais do que a Alemanha, visto que é pobre em matéria-prima, apresentava
um mercado limitado e perdeu a corrida colonial. Apesar dos obstáculos, o país
conseguiu intensificar seu processo industrial após a unificação política.
Com vários pontos em comum
com a Alemanha, acabaram formando uma aliança contra o Reino Unido e a França,
resultando na Primeira Guerra Mundial. No período entre guerras surgiu em 1922
um ditador, Mussolini, que ficou no poder até 1943. Esse período foi marcado
por instabilidade política e econômica. Com a derrota na Segunda Guerra
Mundial, formando aliança novamente com a Alemanha e o Japão, o país viu sua
economia destruída.
***Localização industrial
Quando ocorreu o “milagre
italiano” (um rápido crescimento econômico), houve uma forte concentração
industrial no Norte da Itália (Vale do Pó) apesar da política de
descentralização industrial.
Por que no Norte do país?
Durante muitos séculos (XII
ao XVI) as cidades estados do Norte tinham um forte comércio com o Oriente
Médio e várias regiões da Europa. Veneza e Gênova eram cidades que tinham um
importante centro comercial.
O comércio permitiu o
surgimento de cidades, nas quais com o tempo foi havendo uma concentração de
capitais nas mãos da burguesia e, uma aglomeração de população, que, com a
industrialização no século XIX, se tornou a mão-de-obra e mercado consumidor.
No Norte, com o crescimento comercial e urbano, o feudalismo foi perdendo
forças, e passou a disseminar uma mentalidade burguesa.
Ao mesmo tempo, o Sul ficou
por muito tempo preso as estruturas do feudalismo, que preservou uma
agricultura atrasada realizada por uma abundante mão-de-obra.
A industrialização que
ocorreu no Sul, depois da Segunda Guerra Mundial, foi uma intervenção do Estado
italiano, como planejador e concedendo incentivos para a iniciativa privada. Já
que no Sul não houve uma grande acumulação de capitais, muitas empresas do
Norte passaram a abrir suas filiais nessa região.
Durante o período em que a indústria
era movida principalmente por carvão, a Itália tinha grandes barreiras. No
entanto, com a Segunda Revolução Industrial e a utilização da eletricidade o
país pôde aumentar sua industrialização mais rapidamente.
Nesse ponto, o Norte também
levou vantagem. A bacia do Pó passou a produzir boa parte da energia consumida
pelas indústrias e cidades da região. Com a construção de usinas hidrelétricas,
a Itália foi diminuindo a sua dependência de energia importada.
Mas, com o crescimento
econômico, o país se tornou um grande importador de combustíveis,
principalmente petróleo. Em 1946, uma estatal de energia descobriu algumas
reservas importantes de gás natural no Vale do Pó. Apesar da descoberta de
novas reservas de gás no Sul, a Itália ainda depende da importação de
combustíveis fósseis, tornando-se uma grande importadora de petróleo, mas
também, uma enorme exportadora de produtos derivados do petróleo.
A Itália possui um parque
industrial bem diversificado. O país aumentou sua competitividade e
produtividade após a Segunda Guerra Mundial, quando o capital estatal e privado
passou a capacitar tecnologicamente o país. A Itália também se beneficiou do
Plano Marshall para a reconstrução de sua indústria.
Alguns grupos privados
nacionais estão entre os maiores conglomerados do mundo, como a Fiat (Fábrica
Italiana de Automóveis Turim), que além de automóveis, produz aviões,
helicópteros, etc. Há outros grupos importantes como a Olivetti (eletrônico), a
Parmalat (alimentício), a Pirelli (químico), etc.
Alguns dos principais
centros são Milão, Turim, Gênova, Verona e Parma. No Sul as indústrias se
localizam em torno de siderúrgicas e petroquímicas instaladas pelo Estado. A
Itália tem a maior capacidade de refinaria de petróleo da Europa. Devido a sua
localização entre o Oriente Médio e Europa, suas refinarias abastecem vários
países.
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