segunda-feira, 20 de junho de 2016

                                                                    Itália

   A Itália atrasou seu avanço industrial mais do que a Alemanha, visto que é pobre em matéria-prima, apresentava um mercado limitado e perdeu a corrida colonial. Apesar dos obstáculos, o país conseguiu intensificar seu processo industrial após a unificação política.
Com vários pontos em comum com a Alemanha, acabaram formando uma aliança contra o Reino Unido e a França, resultando na Primeira Guerra Mundial. No período entre guerras surgiu em 1922 um ditador, Mussolini, que ficou no poder até 1943. Esse período foi marcado por instabilidade política e econômica. Com a derrota na Segunda Guerra Mundial, formando aliança novamente com a Alemanha e o Japão, o país viu sua economia destruída.
   ***Localização industrial
   Quando ocorreu o “milagre italiano” (um rápido crescimento econômico), houve uma forte concentração industrial no Norte da Itália (Vale do Pó) apesar da política de descentralização industrial.
    Por que no Norte do país?
  Durante muitos séculos (XII ao XVI) as cidades estados do Norte tinham um forte comércio com o Oriente Médio e várias regiões da Europa. Veneza e Gênova eram cidades que tinham um importante centro comercial.
   O comércio permitiu o surgimento de cidades, nas quais com o tempo foi havendo uma concentração de capitais nas mãos da burguesia e, uma aglomeração de população, que, com a industrialização no século XIX, se tornou a mão-de-obra e mercado consumidor. No Norte, com o crescimento comercial e urbano, o feudalismo foi perdendo forças, e passou a disseminar uma mentalidade burguesa.
   Ao mesmo tempo, o Sul ficou por muito tempo preso as estruturas do feudalismo, que preservou uma agricultura atrasada realizada por uma abundante mão-de-obra.
A industrialização que ocorreu no Sul, depois da Segunda Guerra Mundial, foi uma intervenção do Estado italiano, como planejador e concedendo incentivos para a iniciativa privada. Já que no Sul não houve uma grande acumulação de capitais, muitas empresas do Norte passaram a abrir suas filiais nessa região.
   Durante o período em que a indústria era movida principalmente por carvão, a Itália tinha grandes barreiras. No entanto, com a Segunda Revolução Industrial e a utilização da eletricidade o país pôde aumentar sua industrialização mais rapidamente.
   Nesse ponto, o Norte também levou vantagem. A bacia do Pó passou a produzir boa parte da energia consumida pelas indústrias e cidades da região. Com a construção de usinas hidrelétricas, a Itália foi diminuindo a sua dependência de energia importada.
  Mas, com o crescimento econômico, o país se tornou um grande importador de combustíveis, principalmente petróleo. Em 1946, uma estatal de energia descobriu algumas reservas importantes de gás natural no Vale do Pó. Apesar da descoberta de novas reservas de gás no Sul, a Itália ainda depende da importação de combustíveis fósseis, tornando-se uma grande importadora de petróleo, mas também, uma enorme exportadora de produtos derivados do petróleo.
  A Itália possui um parque industrial bem diversificado. O país aumentou sua competitividade e produtividade após a Segunda Guerra Mundial, quando o capital estatal e privado passou a capacitar tecnologicamente o país. A Itália também se beneficiou do Plano Marshall para a reconstrução de sua indústria.
   Alguns grupos privados nacionais estão entre os maiores conglomerados do mundo, como a Fiat (Fábrica Italiana de Automóveis Turim), que além de automóveis, produz aviões, helicópteros, etc. Há outros grupos importantes como a Olivetti (eletrônico), a Parmalat (alimentício), a Pirelli (químico), etc.
   Alguns dos principais centros são Milão, Turim, Gênova, Verona e Parma. No Sul as indústrias se localizam em torno de siderúrgicas e petroquímicas instaladas pelo Estado. A Itália tem a maior capacidade de refinaria de petróleo da Europa. Devido a sua localização entre o Oriente Médio e Europa, suas refinarias abastecem vários países.



                        

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