terça-feira, 25 de outubro de 2016

Oriente Médio - entenda o conflito árabe-israelense


O conflito árabe-israelense é um dos temas que estão frequentemente nos noticiários pelas violentas disputas na Faixa de Gaza. Mas são tantos envolvidos neste conflito que, às vezes, não é fácil entender os motivos e repercussões das decisões de Israel e Palestina.
Para facilitar seus estudos, veja a lista dos elementos-chave do conflito árabe-israelense. Confira!

Israel
Localizado em parte da antiga Palestina, o Estado de Israel é um país judeu democrático criado em 1948 com ajuda da Organização Sionista Mundial. Sua capital declarada é Jerusalém (maior e mais populosa cidade israelense, com 732 mil habitantes), mas a sede reconhecida pela comunidade internacional é Tel Aviv. É a única nação de maioria judia no mundo e constantemente está envolvida em disputas com seus vizinhos árabes.

Palestina
Essa era uma extensa área do Oriente Médio localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo. Atualmente a palestina é um Estado sem território. Importante região que liga a África à Ásia, a Palestina foi, durante toda a história, palco de disputas de etnias locais. A história sugere que, até o século XX, as disputas foram pontuais, havendo razoável tolerância entre judeus e árabes.

Como tentativa de apaziguar os confrontos entre judeus e árabes, possibilitando a criação de um Estado judaico pós-holocausto, a ONU propôs partilha do território palestino entre o Estado de Israel e o Estado Palestino. Isso não foi bem visto pela Liga Árabe, que julgou injusta a divisão e não a reconheceu. A proposta de partilha nunca foi levada a cabo devido a sugestão de manutenção das populações árabes na região a ser ocupada. Contudo, a partir de 1948, a região foi repartida em três: uma corresponde, hoje, a Israel (Jerusalém Oriental), e as outras duas permanecem como territórios palestinos - Faixa de Gaza e Cisjordânia -, mas não formam um Estado. Atualmente, Israel controla os acessos à Cisjordânia e Faixa de Gaza, inclusive com um extenso muro na Cisjordânia, como fez os EUA na fronteira com o México.

Jerusalém
Uma das cidades mais antigas do mundo (IV milênio a.C.), Jerusalém hoje é declarada capital de Israel , ainda que não conte com o reconhecimento da comunidade internacional. Localizada na chamada “Terra Santa” (que para os judeus significa a terra prometida para o reino de Israel), a região também é importante para cristãos e muçulmanos. Jerusalém é alvo de constantes disputas, sendo um dos principais motivos do conflito árabe-israelense. Enquanto Israel considera Jerusalém Oriental parte de seu território, a Autoridade Palestina reivindica a área como parte da Cisjordânia (e, consequentemente, dos territórios palestinos), no que seria a capital do futuro Estado palestino.

Faixa de Gaza
É um estreito território palestino localizado na costa oriental do Mar Mediterrâneo que faz fronteira com Israel e Egito. É uma das áreas mais densamente povoadas do planeta que, além dos recorrentes conflitos na região, sofre com constante escassez de água. Foi palco de ataques entre os rivais Israel e Hamas em 2008, 2009, 2012 e 2014.

Cisjordânia
Região do Oriente Médio que faz fronteira com Israel, Jordânia e o Mar Morto. Administrada pela Autoridade Palestina, mas ocupada militarmente pelo exército de Israel, a Cisjordânia é uma área bastante disputada, mas não pertence a nenhum Estado desde o fim da anexação ilegal por parte da Jordânia, em 1948.

Sionismo
Movimento político e filosófico que defende o direito da existência de um Estado judeu independente na ‘Terra Santa’, local do antigo Reino de Israel. A Organização Sionista Mundial (WZO) foi determinante na criação do Estado de Israel, em 1948.

Hamas

Seu nome é uma sigla que significa “Movimento de Resistência Islâmica”. É uma organização palestina que controla a Faixa de Gaza, constituída de partido político, entidade filantrópica e seu conhecido braço militar. Conquistou a maioria do Parlamento Palestino nas eleições de 2006 contra o Fatah – rival criado por Yasser Arafat que prega a reconciliação com os israelenses. Desde então comanda a Faixa de Gaza. Ainda que alguns países como os Estados Unidos, Israel e Japão considerem o Hamas uma organização terrorista, outros recriminam apenas sua faceta militar. Já o Brasil não entende o Hamas como terrorista.

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