O
conflito árabe-israelense é um dos temas que estão frequentemente nos
noticiários pelas violentas disputas na Faixa de Gaza. Mas são tantos
envolvidos neste conflito que, às vezes, não é fácil entender os motivos e
repercussões das decisões de Israel e Palestina.
Para facilitar seus estudos,
veja a lista dos elementos-chave do conflito árabe-israelense. Confira!
Israel
Localizado em parte da
antiga Palestina, o Estado de Israel é um país judeu democrático criado em 1948
com ajuda da Organização Sionista Mundial. Sua capital declarada é Jerusalém
(maior e mais populosa cidade israelense, com 732 mil habitantes), mas a sede
reconhecida pela comunidade internacional é Tel Aviv. É a única nação de
maioria judia no mundo e constantemente está envolvida em disputas com seus
vizinhos árabes.
Palestina
Essa era uma extensa área do
Oriente Médio localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo. Atualmente a
palestina é um Estado sem território. Importante região que liga a África à
Ásia, a Palestina foi, durante toda a história, palco de disputas de etnias
locais. A história sugere que, até o século XX, as disputas foram pontuais,
havendo razoável tolerância entre judeus e árabes.
Como tentativa de apaziguar
os confrontos entre judeus e árabes, possibilitando a criação de um Estado
judaico pós-holocausto, a ONU propôs partilha do território palestino entre o
Estado de Israel e o Estado Palestino. Isso não foi bem visto pela Liga Árabe,
que julgou injusta a divisão e não a reconheceu. A proposta de partilha nunca
foi levada a cabo devido a sugestão de manutenção das populações árabes na
região a ser ocupada. Contudo, a partir de 1948, a região foi repartida em
três: uma corresponde, hoje, a Israel (Jerusalém Oriental), e as outras duas
permanecem como territórios palestinos - Faixa de Gaza e Cisjordânia -, mas não
formam um Estado. Atualmente, Israel controla os acessos à Cisjordânia e Faixa
de Gaza, inclusive com um extenso muro na Cisjordânia, como fez os EUA na
fronteira com o México.
Jerusalém
Uma das cidades mais antigas
do mundo (IV milênio a.C.), Jerusalém hoje é declarada capital de Israel ,
ainda que não conte com o reconhecimento da comunidade internacional.
Localizada na chamada “Terra Santa” (que para os judeus significa a terra
prometida para o reino de Israel), a região também é importante para cristãos e
muçulmanos. Jerusalém é alvo de constantes disputas, sendo um dos principais
motivos do conflito árabe-israelense. Enquanto Israel considera Jerusalém
Oriental parte de seu território, a Autoridade Palestina reivindica a área como
parte da Cisjordânia (e, consequentemente, dos territórios palestinos), no que
seria a capital do futuro Estado palestino.
Faixa de Gaza
É um estreito território
palestino localizado na costa oriental do Mar Mediterrâneo que faz fronteira
com Israel e Egito. É uma das áreas mais densamente povoadas do planeta que,
além dos recorrentes conflitos na região, sofre com constante escassez de água.
Foi palco de ataques entre os rivais Israel e Hamas em 2008, 2009, 2012 e 2014.
Cisjordânia
Região do Oriente Médio que
faz fronteira com Israel, Jordânia e o Mar Morto. Administrada pela Autoridade
Palestina, mas ocupada militarmente pelo exército de Israel, a Cisjordânia é
uma área bastante disputada, mas não pertence a nenhum Estado desde o fim da
anexação ilegal por parte da Jordânia, em 1948.
Sionismo
Movimento político e
filosófico que defende o direito da existência de um Estado judeu independente
na ‘Terra Santa’, local do antigo Reino de Israel. A Organização Sionista
Mundial (WZO) foi determinante na criação do Estado de Israel, em 1948.
Hamas
Seu nome é uma sigla que
significa “Movimento de Resistência Islâmica”. É uma organização palestina que
controla a Faixa de Gaza, constituída de partido político, entidade
filantrópica e seu conhecido braço militar. Conquistou a maioria do Parlamento
Palestino nas eleições de 2006 contra o Fatah – rival criado por Yasser Arafat
que prega a reconciliação com os israelenses. Desde então comanda a Faixa de
Gaza. Ainda que alguns países como os Estados Unidos, Israel e Japão considerem
o Hamas uma organização terrorista, outros recriminam apenas sua faceta
militar. Já o Brasil não entende o Hamas como terrorista.